A jogada de Frank Ocean por trás de 'Blonde'

    Channel Orange (2012), álbum de estreia de Frank Ocean foi aclamado pela crítica e ganhou diversos prêmios, inclusive o Grammy de melhor álbum urbano contemporâneo em 2013. Todo esse prestígio fez com que Ocean tivesse bastante autonomia quanto aos seus próximos projetos.

    Nesses 4 anos de diferença de um álbum para o outro, Frank Ocean continuou compondo músicas para projetos futuros, fazendo parcerias e também compôs para outros artistas como em “Superpower” de Beyoncé.  Por mais que Blonde (2016) seja oficialmente seu segundo álbum antes dele, foi lançado o Endless (2016), um álbum visual exclusivo para assinantes da Apple Music. 

    Dois álbuns lançados no mesmo ano é bem incomum, mas isso se originou de um conflito de Frank com sua gravadora da época 'Def Jam Recordings'. Em 2009 eles tinham assinado um contrato de dois álbuns, neste período ele não tinha muito apoio vindo da gravadora, então de forma independente lançou sua mixtape “Nostalgia, Ultra” (2011) que repercutiu e chamou atenção da Def Jam, que começou a investir mais nos seus projetos. Com os singles “Swim Good” e “Novacane”, logo depois o debut “Channel Orange”.

    Em 2016 a gravadora pagou 2 milhões de dólares para conclusão do segundo álbum, o “Endless”, que foi lançado no dia 19 de agosto. O cantor em entrevistas contou que o disco representava a batalha final com a Def Jam. No dia 20 de agosto ele lançou o "Blonde" de forma independente, com o seu próprio selo “Boys Don't Cry”, e ainda foi lançado com contrato de exclusividade com a Apple Music que lhe rendeu 20 milhões de dólares. Além disso, alcançou primeiro lugar na Billboard 200 e vendeu mais de 256 mil cópias na primeira semana.

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