A mensagem que "Bloco do Eu Sozinho" traz seu público

    Uma obra produzida em meio a polemicas e durante um “exilio” do quarteto em um sítio na região serrana do Rio de Janeiro, Bloco do Eu Sozinho tem como marca a coragem dos Hermanos de mostrar o que de fato queriam fazer na música. Contrariado sua produtora e a pressão do mercado após o sucesso de seu primeiro álbum, a banda tem nesse trabalho a expressão de sua identidade musical.

    Reza a história que Bloco do Eu Sozinho começou logo após ter ter sido recusado pela gravadora, Abril Music. Eles sim, queriam faturar em cima das 300 mil cópias vendidas do primeiro álbum, e se depararam com a falta de uma música fácil para colocar a rodar na rádio de forma intensiva. 

    Felizmente estavam a lidar com rapazes jovens mas com segurança do que queriam para si, e que souberam manobrar tudo para que o disco saísse como desejavam. Aceitaram uma nova remixagem, feita por um produtor nomeado pela editora, mas este cedo percebeu ter pela sua frente um produto bem conseguido e não se distanciou muito das vontades dos Hermanos.

    A mensagem do álbum vem no refrão da primeira música “Deixa eu brincar de ser feliz/ Deixa eu pintar o meu nariz” era isso que eles queriam, ser felizes fazendo a sua música. Mesmo o álbum tendo sido considerado um fracasso de vendas, foi muito elogiado pela critica e conquistou uma legião de fãs que seguiam os Los Hermanos.

    Com Bloco do Eu Sozinho, os Los Hermanos provaram que é possível amadurecer sozinhos e contra tudo e todos entregaram uma obra que entrou para a história da música brasileira. 


Capa do álbum disponibilizado no Spotify (Foto: reprodução/Internet)


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